A China prosseguiu nesta segunda-feira com os exercícios militares ao redor de Taiwan, desafiando os apelos do Ocidente e do Japão para que o país conclua as maiores manobras militares de sua história nas proximidades da ilha que considera parte de seu território.
“O Exército Popular de Libertação (EPL) da China continuou executando exercícios conjuntos práticos e treinamento no mar e espaço aéreo ao redor da ilha de Taiwan, concentrado em organizar operações conjuntas submarinas e de ataques marítimos”, afirmou o Comando Leste do exército chinês em um comunicado.
O texto não informa as zonas das manobras nem se foram executadas com munição real.
Os exercícios deveriam terminar, a princípio, no domingo, de acordo com informações preliminares da Administração de Segurança Marítima chinesa.
No domingo, no entanto, nem China nem Taiwan confirmaram a conclusão. O ministério taiwanês dos Transportes mencionou apenas uma redução parcial.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, denunciou no sábado a “total desproporção” da reação chinesa e divulgou um comunicado conjunto com seus colegas do Japão e Austrália para pedir o fim dos exercícios.
A China iniciou as manobras com munição real em seis grandes áreas ao redor de Taiwan na quinta-feira, um dia após a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha.
Em resposta à viagem de Pelosi, a segunda na linha de sucessão presidencial americana, a China suspendeu a cooperação com os Estados Unidos em vários temas cruciais, incluindo a luta contra a mudança climática e questões de defesa.
Também mobilizou aviões de combate, navios de guerra e mísseis balísticos ao redor de Taiwan, o que analistas consideraram uma simulação de bloqueio e invasão da ilha.
As manobras permitiram testar “táticas de guerra de sistemas baseados em informações e aperfeiçoar e melhorar as capacidades de destruição de alvos insulares estratégicos com ataques de precisão”, declarou o oficial da Força Aérea chinesa Zhang Zhi, citado pela agência estatal Xinhua.
Ao mesmo tempo, a China anunciou novas manobras no Mar Amarelo, localizado entre o continente e a península da Coreia, até 15 de agosto.
Fonte: F5