“Canal das Piabas” está sendo usado na fase experimental com uso do produto químico polisal
Com a finalidade de melhorar a qualidade da água do Açude Velho, a Prefeitura de Campina Grande está desenvolvendo uma parceria de cooperação técnica com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e nesta terça-feira, 14, foi realizada uma nova tentativa de recuperação hídrica do manancial com uma ação experimental no “Canal das Piabas”. O objetivo é encontrar uma solução definitiva e, nesta fase, foi utilizado o Polisal, produto composto por uma nova geração de coagulantes inorgânicos, à base de sais de alumínio, com cadeias polimerizadas de alto rendimento.O trabalho é acompanhado por técnicos e engenheiros da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma) e da UEPB, com a orientação da professora Waleska Brasileiro, especialista em engenharia ambiental e sanitária. As equipes escolheram o Canal das Piabas, para esta fase experimental, por ter o corpo hídrico que mais se aproxima da qualidade da água do açude.
O engenheiro da Sesuma, Marcus Aurélio, disse que a finalidade dessa experiência é buscar um resultado conclusivo satisfatório, com o melhor custo benefício possível, e o Polisal foi o coagulante inorgânico aprovado em teste de bancada no laboratório. Por isso, está sendo utilizado com grande chance de sucesso, o que se comprovará após a aplicação do produto em três etapas.
O secretário Geraldo Nobre Cavalcante (Sesuma), disse que o prefeito Bruno Cunha Lima tem assegurado todo o apoio para que se recupere a qualidade da água do principal cartão postal de Campina Grande. O Açude Velho, ao longo dos anos, está sofrendo com a poluição provocada por efluentes (esgotos), domésticos, comerciais e até industriais que provocam o enriquecimento de fósforo (principalmente) provocando a proliferação de bactérias, como algas e resultando em um aspecto visual e qualidade físico química da água, que fica alterada e apresentando aspecto desagradável para quem observa.
Uma operação foi montada logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, para aplicar o Polisal nas águas poluídas do canal, nas proximidades do edifício da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), numa extensão de 300 metros. Se o resultado for positivo, a Sesuma abrirá um processo de licitação para a compra do produto, em quantitativo suficiente para aplicar em todo reservatório, o que ocorrerá em pouco tempo, diante da necessidade em solucionar o problema.
Geraldo Nobre, que estava acompanhado da coordenadora de Meio Ambiente, Lilian Arruda Ribeiro, se mostrou otimista, por acreditar na competência da professora Waleska Brasileiro e nos quatro anos de estudos, buscando o tratamento ideal por um custo satisfatório. “Já foram muitas tentativas fracassadas. Mas acreditamos que, agora, vai dar certo, pois o produto químico foi testado em laboratório e comprovada a sua eficiência”, pontuou.
Manutenção
Além da busca por uma solução para descolorir as águas do açude, a Sesuma tem realizado constantes ações de limpeza do manancial que, com a escassez das chuvas, tem diminuído bastante sua bacia hídrica, surgindo áreas de terra, que são retiradas.