Republicanos fica com João agora visando o controle futuro do poder no Estado

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A confirmação do apoio do partido Republicanos ao governador João Azevedo (PSB), anunciado nesta quarta-feira (12), tem importante efeito simbólico no segundo turno da campanha eleitoral na Paraíba e sinaliza a configuração de forças para os embates políticos no Estado.

Apesar de talvez, nesse momento, não somar muitos votos a João, a manutenção do apoio do Republicanos se reveste de destacada importância na campanha do governador João Azevedo porque dispõe da força de refrear o movimento de apoios de lideranças e grupos mais significativos à candidatura do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB).

Lógico que a decisão de manter a mesma posição adotada no primeiro turno da campanha também é importante para o Republicanos. Mudar de lado no segundo turno, mais do que incoerente, soaria estranho e geraria especulações sobre supostas negociações, o que poderia manchar a imagem dos dirigentes da legenda que melhor se saiu nas articulações e nas eleições para a Câmara dos Deputados e Assembleia.

Vale lembrar que os dirigentes do Republicanos montaram no discurso da correção de atitudes, firmeza nos compromissos assumidos e na palavra empenhada, coerência e honestidade de princípios para sustentar o apoio à candidatura do deputado Efraim Morais ao Senado depois do seu rompimento com esquema governamental. Desprezar esse discurso e os compromissos públicos assumidos com o governador poderia causar prejuízos futuros não apenas à imagem do deputado Hugo Motta, evidente líder político em ascensão, como a de outros dirigentes da legenda.

Mas os efeitos da manutenção do apoio do Republicanos ao governador João Azevedo não se resumem à campanha atual. Os líderes da legenda apontam o telescópio para 2026, quando haverá eleições para governador e duas vagas para o Senado. Hugo estaria de olha na eleição para o Senado, mas o resultado das eleições de agora para governador pode promover mudanças mais profundas na política estadual.

Existe um desenho se formatando. Se Pedro ganha, passa à frente de outras lideranças mais jovens e comanda o processo de renovação geracional na Paraíba. Se vence João, o processo de renovação se estenderá no tempo para se completar em 2026. Nessa perspectiva, o campo mais aberto para atuação seria o do governador João Azevedo. O campo de atuação de Pedro, parece mais congestionado. Além do próprio Pedro, tem Veneziano, Romero Rodrigues e Bruno Cunha Lima, entre outros. O Republicanos busca ser protagonista, não coadjuvante. Tanto que o deputado Hugo Motta decidiu assumir a coordenação da campanha de João.

Fonte: T5

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