Foram recolhidas mais de 44,3 toneladas coletadas durante os 31 dias d’O Maior São João do Mundo
Iniciado no dia de 10 de junho, exatamente na abertura d’O Maior São João do Mundo, edição 2022, o projeto Recicla São João chegou ao final da festa contabilizando um novo recorde. Foram 44,3 toneladas de produtos recicláveis coletados, considerando os números de 2019, que foi de pouco mais de 30 toneladas, o que vai garantir uma renda extra para 40 famílias campinenses participantes do projeto, além da destinação correta desses materiais. Cada família vai receber mais de R$ 3 mil pelos dias de trabalho realizado.
Assim como ocorreu com os produtos orgânicos e inorgânicos, cuja quantidade coletada também foi recorde, com aumento superior a 30% em relação a edição de 2019, os números deste ano comprovam que a festa cresceu em participação popular e consumo.
Criando em 2016, pela Prefeitura de Campina Grande e coordenado pela Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), o Recicla Campina mobilizou neste ano as cooperativas de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Catamais), Associação de Catadores da Comunidade Nossa Senhora Aparecida (Arensa) e o Centro de Arte em Vidros (Cavi). Todas fizeram o recolhimento de materiais recicláveis durante os festejos juninos na cidade e nos distritos. Ao final foram recolhidos mais de 44,3 mil quilos de material, que recebeu uma destinação correta.
A iniciativa da Sesuma, ao criar o Recicla São João, foi manter o ambiente da festa limpo e confortável para as pessoas que curtem O Maior São João do Mundo. Outro objetivo é evitar o descarte irregular e a destinação incorreta de itens recicláveis. O trabalho se concentrou no Parque do Povo, mas também aconteceu nos distritos de Galante e São José da Mata, na Vila do Artesão e no Sítio São João, além dos eventos privados.
Os catadores e catadoras receberam todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), alimentação, transporte e o recebimento de um salário mínimo ao final dos 31 dias de festa. Outra garantia é de que toda renda, proveniente da venda dos materiais recicláveis, será dividida entre eles. Essa divisão deverá resultar em R$ 3 mil para cada catador participante do Recicla.
Rafaela Oliveira, coordenadora do Recicla Campina, está satisfeita com o resultado deste ano. Ela disse que, além da renda extra, a atividade contribui para a limpeza da cidade e geração de renda para os trabalhadores. “Só temos a agradecer ao prefeito Bruno Cunha Lima e ao secretário Geraldo Nobre Cavalcante, que acreditaram e apoiaram o projeto, bem como ao Ministério Público Federal do Trabalho, parceiro e às Cooperativas e Associações, pois, sem eles, nada disso estaria acontecendo”, frisou
Lançado pelo prefeito no dia 10 de junho, o Recicla São João teve instalado um ponto de apoio para os trabalhadores, ao lado da Pirâmide do Parque do Povo, com o reforço de um caminhão baú e uma caçamba, utilizados para transportar o material até o galpão da reciclagem, no bairro das Três Irmãs.
’Os materiais recicláveis geralmente são recolhidos e misturados com o lixo comum neste tipo de situação, de eventos públicos. Então, acaba indo parar no aterro sanitário e deixa de ser aproveitado por quem mais precisa, que são as cooperativas. Com essa ação, do Recicla Campina, estamos destinando o reciclável para o local correto, onde pode ser reaproveitado e ainda gerar renda para as famílias envolvidas na reciclagem’, disse Rafaela.
O secretário Geraldo Nobre fez uma ressalva sobre o reforço do Recicla São João e sua contribuição ao meio ambiente. São mais de 40 toneladas a menos, o que deixa de degradar a natureza, principalmente porque se trata de produtos resistentes ao tempo. “Diminuímos a poluição, melhoramos a vida útil dos aterros e garantimos emprego e renda para dezenas de famílias”, destacou.
O Recicla, conforme Geraldo Nobre, é um programa necessário porque garante a destinação, ambientalmente adequada, aos resíduos sólidos recicláveis gerados durante o Maior São João do Mundo. “Com ele conseguimos efetivar a sustentabilidade do evento, fomentar a adoção de novas práticas, promover a inclusão social e econômica de catadores de materiais recicláveis. Também é feito o combate ao trabalho infantil e contribuímos para o alcance das diretrizes e metas estabelecidas no Plano Mundial de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos”, destacou.