PF indicia Lauremília Lucena e a filha em investigação sobre organização criminosa

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A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi indiciada pela Polícia Federal por suspeita de integrar uma organização criminosa para influenciar as eleições.

Também foi indiciada a filha dela, ex-secretária executiva de saúde, Janine Lucena, a vereadora Raíssa Lacerda e outras onze pessoas.

Lauremilia chegou a ser presa pela Polícia Federal na terceira fase da operação Território Livre.

Segundo o relatório da PF, elas teriam feito acordo com membros de uma facção criminosa, para darem apoio ao grupo do prefeito e restringiriam o acesso de políticos rivais a comunidades.

Em troca, as investigadas negociaram cargos na prefeitura de João Pessoa para parentes dos criminosos.

De acordo com a PF, os indiciados são esses:

Maria Lauremília Assis de Lucena, esposa de Cícero Lucena e primeira-dama de João Pessoa – foi presa na terceira fase da Operação Território Livre, em 28 de setembro, levada para o presídio Júlia Maranhão, mas foi solta no dia 1° de outubro. Atualmente está usando tornozeleira eletrônica;

Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, secretária de Lauremília – foi presa na terceira fase da Operação Território Livre, em 28 de setembro, levada para o presídio Júlia Maranhão, mas foi solta no dia 1° de outubro. Atualmente está usando tornozeleira eletrônica;

Raíssa Lacerda, vereadora de João Pessoa e suspeita de liderar o esquema – foi presa na segunda fase da Operação Território Livre, em 19 de setembro, levada para o presídio Júlia Maranhão, mas foi solta no dia 1° de outubro. Atualmente está usando tornozeleira eletrônica;

Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus; suspeita de ter ligação com facções do bairro – foi presa na segunda fase da Operação Território Livre, em 19 de setembro, levada para o presídio Júlia Maranhão. A prisão foi revogada em prisão domiciliar em 23 de setembro;

David Sena de Oliveira (conhecido como Cabeça), suspeito de chefiar uma facção criminosa no bairro São José, e está foragido;

Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar – foi presa na segunda fase da Operação Território Livre, em 19 de setembro e levada para o presídio Júlia Maranhão. A prisão foi revogada em prisão domiciliar em 20 de setembro;

Keny Rogeus Gomes da Silva, marido de Pollyanna e apontado como chefe da facção Nova Okaida; já estava preso no PB1;

Taciana Batista do Nascimento, usada por Pollyana para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida – foi presa na segunda fase da Operação Território Livre, em 19 de setembro e levada para o presídio Júlia Maranhão. Foi solta em 30 de setembro, mas com uso de tornozeleira eletrônica;

Maria Janine Assis de Lucena Barros, ex-secretária executiva de saúde de João Pessoa e filha de Cícero Lucena;

Jonathan Dário da Silva, servidor da prefeitura de João Pessoa e suspeito de mandar extorquir Lauremília Lucena;

Jossienio Silva dos Santos, conhecido como Ênio Chinês, é apontado pela PF como chefe da facção criminosa Nova Okaida;

Patrícia Silva dos Santos, esposa de Jossienio.

A defesa da Lauremília e Janine Lucena, e também de Tereza Cristina, informou, em nota, que “as acusações não correspondem à realidade dos fatos e que as indiciadas não possuem qualquer envolvimento com as práticas criminosas que lhes são atribuídas”. Sobre Tereza Cristina, a defesa destacou que ela “nunca ocupou posição ou exerceu qualquer função que lhe conferisse poder de decisão ou nomeação de cargos”.

*Com informações do Jornal da Paraíba

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