A jornalista Glória Maria, uma das mais importantes profissionais da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (02/02/2023) no Rio de Janeiro vítima de uma metástase no cérebro.
Glória Maria foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2019 e obteve sucesso com o tratamento de imunoterapia, no entanto logo após ela sofreu metástase no cérebro, realizou cirurgia, mas os novos tratamentos para continuar o combate à condição deixaram de fazer efeito.
A jornalista descobriu o problema de saúde ao realizar uma ressonância magnética após desmaiar e bater a cabeça na cozinha de casa, ela estava afastada da TV Globo desde dezembro.
O que são metástases cerebrais:
De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, a metástase ocorre em decorrência de tumores cancerígenos.
“A metástase cerebral é formada quando há algum tumor no organismo que despende fragmentos microscópicos que chegam ao cérebro por meio da corrente sanguínea, elas são bastante comuns entre os tumores cerebrais e podem se derivar de tumores em qualquer parte do corpo”.
Principais sintomas da metástase cerebral:
“A metástase cerebral pode desencadear uma série de sintomas típicos, como dores de cabeça, crises epilépticas, perda de força nos membros, déficit neurológico, perda de visão e até alterações no comportamento, embora algumas vezes possa ser assintomática”.
“No caso da Glória Maria, a condição foi descoberta após um desmaio que pode ter sido causado por um aumento da pressão intracraniana, que pode ser responsável por reduzir ou cortar momentaneamente a perfusão de sangue no cérebro, causando síncopes (desmaios)”, esclarece o Dr. Bruno Burjaili.
Tratamento:
“A melhora ou evolução do quadro varia bastante de acordo com diversos fatores, como o tumor primário do paciente, idade do paciente, gravidade do caso, entre outros, o que pode fazer com que o quadro não possa ser revertido e sejam aplicados apenas tratamentos paliativos”.
“Pode ser realizada uma cirurgia, na qual o neurocirurgião realiza a secção da metástase utilizando um microscópio cirúrgico, também pode ser usada a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, mas o tratamento nesses casos é bastante individualizado de acordo com o caso de cada paciente”, Burjaili.