Mais de 690 ‘órfãos da pandemia’ têm direito a R$ 500 mensais até maioridade e ainda não procuraram auxílio

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‘Paraíba que Acolhe’ é voltado para crianças e adolescentes de famílias de baixa renda que perderam pais ou responsáveis em decorrência da Covid

Em vigor desde dezembro do ano passado, o programa ‘Paraíba que Acolhe’, que prevê auxílio mensal de R$ 500 para crianças e adolescentes que ficaram órfãos na pandemia, só registrou 46 beneficiários. O Governo do Estado estima que mais de 690 pessoas com direito ao benefício ainda não procuraram o serviço.

O programa é voltado para crianças e adolescentes de famílias de baixa renda que perderam os pais ou responsáveis legais em decorrência da Covid-19. O benefício será pago até essas pessoas completarem a maioridade. O objetivo é assegurar o direito à garantia da vida, saúde, educação, lazer e acesso à alimentação.

O acesso ao benefício ocorre por meio do cadastro social realizado pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que também estão responsáveis pelo acompanhamento das famílias ou rede social que acolheu as crianças e adolescentes órfãos em virtude da pandemia da Covid-19.

Além do auxílio financeiro, as crianças e adolescentes têm acompanhamento do rendimento escolar e são inseridas nas redes socioassistencial e de saúde do Estado.

A doméstica Valmira Santana Duarte está entre as poucas pessoas que procuraram o serviço até o momento. Ela não sonhava em ser mãe, mas, de repente, com a perda da irmã pela Covid-19, passou a criar os quatro sobrinhos. Cada criança passou a receber R$ 500. “Esse benefício foi parte da solução de uma caminhada difícil e eu só tenho a agradecer. Ele traz segurança para eu não ter que estar pedindo as coisas”, desabafou.

O ‘Paraíba que Acolhe’ é resultado de uma ação da Câmara Temática da Assistência Social do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste), que estabeleceu o programa ‘Nordeste Acolhe’ em todos os estados da região.

Foto: Divulgação

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