O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no qual é possível emitir, regularizar ou atualizar o Título de Eleitor, apresenta instabilidade nesta segunda-feira (2). No início da tarde, o Título Net ficou fora do ar, impedindo a realização dos serviços.
A instabilidade ocorre a dois dias do fim do prazo para que o cidadão fique atualizado com a Justiça Eleitoral e possa votar no pleito de outubro de 2022. A legislação estabelece que o Título Eleitoral deve estar regular até 150 dias antes das votações, ou seja, nesta quarta-feira (4/5).
No Distrito Federal, o Tribunal Regional Eleitoral confirmou a instabilidade do sistema mantido pelo TSE após moradores reclamarem na porta do 13º Cartório Eleitoral, em Samambaia. Um eleitor chegou a dizer que os servidores se recusaram a atender a população “para que não se vote no presidente [Jair] Bolsonaro”.
A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Rozana Barroso, alertou para que os jovens não deixem para tirar ou regularizar o título no último minuto. “Galera mobilizada está gerando bastante acesso. Então, deixem os documentos separados, fiquem de olho no site para já tirar quando voltar”, disse, no Twitter.
Outros usuários da rede social relataram dificuldade para acessar os serviços referentes ao Título Eleitoral. “E eu que não consigo regularizar meu título, porque o site do TSE simplesmente não funciona de jeito nenhum em Portugal”, escreveu um perfil.
A queda do sistema também gerou crítica de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) – que, por diversas vezes, pôs em dúvida a segurança das eleições. “O site do TSE está fora do ar, impedindo que os brasileiros consultem sua situação eleitoral ou registrem-se para votar. Ou seja, não dá para confiar nem no próprio site, quem dirá no sistema eleitoral eletrônico”, disse o deputado estadual do Paraná Ricardo Arruda (União Brasil).
A coluna procurou o TSE para falar sobre a instabilidade do site, mas não recebeu retorno até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
Fonte: Metrópoles