Empresa de tecnologia acusa Campina Grande de calote de R$ 2,6 milhões

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A Prefeitura de Campina Grande e a empresa de tecnologia DBSeller levaram para a Justiça uma disputa de R$ 2,6 milhões. A companhia afirma que a gestão municipal não paga os serviços prestados desde junho de 2022. Já a administração acusa a DBSeller de não cumprir os termos do contrato.

A DBSeller venceu, em 2021, um certame licitatório que estabelecia a migração, implantação, parametrização, customização e treinamento do sistema público de gestão “e-cidade”. O software, entre outras funções, gera mensalmente a folha de pagamento do funcionalismo público municipal.

Segundo a empresa, a Prefeitura está há um ano sem pagar pela prestação de serviços. No dia 10 de maio, o juiz Ruy Jander Teixeira da Rocha, da 3ª Vara de Fazenda Pública de Campina Grande, concedeu tutela de urgência para a DBSeller suspender os serviços, caso o pagamento não fosse feito.

A DBSeller disse que não recebeu os valores e que interrompeu a execução do contrato, seguindo a decisão judicial. Também acusou a Prefeitura de Campina Grande de contratar, sem licitação, a empresa Publicsoft para prestar os mesmos serviços para os quais tinha sido contratada.

A Prefeitura se manifestou por meio da Secretaria de Finanças e da Secretaria de Administração. Em nota, a gestão diz que a DBSeller não entregou os itens contratados, o que causou “enorme embaraço à administração municipal e prejudicou o envio de informações aos órgãos de controle desde maio do ano passado”.

Segundo a Prefeitura, a não prestação de serviços levou ao atraso no pagamento da folha de pessoal em fevereiro. “[A DBSeller] não teve os serviços atestados e, portanto, aptos ao pagamento”.

As secretarias informaram que um procedimento administrativo foi aberto contra a empresa, em janeiro, para apurar a inexecução parcial do contrato e que, a depender do andamento da apuração, a DBSeller pode sofrer multas e até ficar impedida de contratar com o poder público. A empresa disse à coluna que não foi comunicada sobre o procedimento administrativo.

Sobre a decisão judicial, a Prefeitura afirmou que “houve contestação ao pedido [da empresa]” e que demonstrou “o inadimplemento contratual por parte da contratada, evidenciando os embaraços, tudo conforme substancioso relatório técnico anexado à defesa”. A DBSeller alegou que não houve recurso apresentado pelo município contra a tutela de urgência.

Fonte: Metropoles

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