Caso Mariana Thomaz: após um ano do crime, STJ nega recurso de habeas corpus a Johannes Dudeck

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, na última sexta-feira (10), um recurso de habeas corpus para Johannes Dudeck, acusado de matar a estudante Mariana Thomaz, no dia 12 de março de 2022, em João Pessoa. A decisão é do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, em resposta a um pedido da defesa do acusado. O crime completou um ano no último domingo (12).

No recurso ao qual o g1 teve acesso, a defesa alegou ausência de fundamentação para manutenção da prisão preventiva e argumenta que o acusado não representa risco para a sociedade, pois não fugiu do local e acionou o Samu, além de ter sido absolvido no processo por crime de violência doméstica. O g1 entrou em contato com a defesa de Johannes Dudeck e aguarda retorno.

A prisão foi determinada pelo homicídio qualificado (feminicídio), gravidade, periculosidade, modus operandi e risco reiteração, além do histórico de violência doméstica. A negativa do STJ foi determinada pois outras medidas cautelares diferentes da prisão não seriam suficientes para garantir a ordem pública.

Em novembro de 2022, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca determinou que o Tribunal de Justiça da Paraíba analisasse o pedido de liberdade solicitado pela defesa e o TJPB negou o pedido.

Johannes Dudeck está preso no presídio do Roger, em João Pessoa. Antes, ele estava no Presídio Especial do Valentina, por ter alegado na audiência de custódia que possuía curso de nível superior, mas não apresentou o documento de comprovação exigido pela Justiça. Em julho de 2022, foi determinada a transferência.

O acusado vai a júri popular por feminicídio e estupro. A data do júri ainda não foi divulgada.

Relembre o caso

Mariana Thomaz foi morta por esganadura.  — Foto: Reprodução/Redes sociais

Mariana Thomaz foi morta por esganadura. — Foto: Reprodução/Redes sociais

O corpo de Mariana foi encontrado no dia 12 de março de 2022, após a polícia receber uma ligação do acusado Johannes Dudeck, informando que Mariana estava tendo convulsões. A investigação observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa.

O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual.

O empresário já tem um histórico de processos tanto na esfera criminal quanto na cível, conforme consulta feita pelo g1 nos sistemas públicos do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Entre os casos, vários processos administrativos envolvendo empresas dele e também casos de ameaça, lesão corporal e violência contra a mulher.

A jovem, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina.

Fonte: G1

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