O Prefeito de Sumé, Éden Duarte (PL), vai ter que explicar ao TCE – PB (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba) despesas não comprovadas de mais de R$ 2 milhões na área da Saúde e com combustíveis. A Unidade Técnica do Tribunal já havia solicitado esclarecimentos de forma detalhada quanto ao consumo de combustível, mas as despesas não foram suficientemente comprovadas.
Em fevereiro, o Ministério Público de Contas imputou ao gestor o débito de R$ 2.078.283,13, sendo R$ 299.722,21 em despesas não comprovadas com aquisição de medicamentos e material hospitalar e mais R$ 1.778.560,92 com aquisição de combustível.
Na inspeção realizada na farmácia básica e no hospital do município, constatou-se que o controle interno da farmácia básica é realizado através do sistema Hórus e o do Hospital é feito por planilhas. Segundo o SAGRES, a aquisição de medicamentos e material hospitalar somou R$ 1.964.658,33.
No entanto, os valores registrados nos sistemas de controle interno são de R$ 1.664.936,12. Há uma diferença de R$ 299.722,21 entre o valor da aquisição e o registrado nos controles internos que devem ser justificados.
Já em relação à aquisição de combustível, segundo o relatório do TCE, não há no município um controle de combustível realizado por meio de um sistema informatizado. Não há registro de quilometragem e nem a utilização de cada veículo. Cada secretaria realiza isoladamente o seu controle de forma precária. Além disso, constatou-se que em 2022, o gasto com combustível registrado foi de R$ 3.051.306,68. Esse valor foi 51,52% mais alto do que em 2021 (R$ 2.013.825,74).
Blog do Hamilton Silva com Click PB
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