GOLPISMO: Esposa de Mauro Cid e filha de general Villas-Bôas queriam Exército orientando caminhoneiros em golpe de estado

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Ticiana Villas-Bôas, filha do general Eduardo Villas-Bôas, e Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel Mauro Cid, foram pegas no pulo pela Polícia Federal trocando mensagens sobre as manifestações que ocorriam na frente dos quarteis e debatendo possíveis planos de golpe que envolveriam o afastamento de Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e a orientação de caminhoneiros por parte do Exército com o objetivo de criar o caos no país, estabelecendo um clima favorável para que Jair Bolsonaro (PL) pudesse aplicar um golpe de estado e permanecer no poder.

As mensagens foram trocadas em 2 de novembro, apenas três depois das eleições que recolocaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, e foram obtidas através do celular de Gabriela Cid que passa por devassa da Polícia Federal. Nesta sexta-feira (16) foi divulgado um primeiro relatório sobre as conversas.

GOLPISTA

A dupla estava revoltada com o resultado das eleições e buscava narrativas e estratégias que pudessem viabilizar um golpe de estado. Era comum acordo que os manifestantes não deveriam reivindicar uma ‘intervenção federal’. Em troca, o correto seria exigir o impeachment de Alexandre de Moraes.

“Temos que pedir novas eleições com voto impresso, nada de intervenção federal. Temos que exigir novas eleições com voto impresso. Estamos diante de um momento tenso onde temos que pressionar o Congresso. Agora!”, escreveu Gabriela Cid.

Ticiana Villas-Bôas respondeu: “Ou isso, ou a queda do Moraes”. Gabriela concordou: “Também acho, esse homem tem que cair. Ele está estragando o país. O resto é remediável”.

“Se conseguirmos tirar ele, o STF dá uma recuada. Porque o que eles fazem é prender o presidente [Bolsonaro] com base no inquérito das fake [news]”, completou a filha do general.

A seguir, ambas concordam que era preciso manter as hordas bolsonaristas mobilizadas nas ruas. É nesse contexto que Ticiana Villas-Bôas propõe que o próprio Exército oriente uma paralisação dos caminhoneiros.

“Os caminhoneiros têm que parar sem obstruir [as rodovias]. E alguém precisa articular isso com eles e os manifestantes. Alguém tinha que falar com eles”, escreve.

“Pois é”, responde Gabriela Cid. E emenda nas mensagens seguintes: “Foi o que pediu o presidente. E acho que todos têm que vir a Brasília. Invadir Brasília como no 7 de setembro e dessa o presidente com toda essa força agirá”.

Fonte: Revista Fórum

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