Filhos de Lira e de assessor alvo da PF intermediaram juntos negócios na Saúde

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Cavalcante foi alvo de busca e apreensão realizada em 1º de junho dentro de investigação sobre supostos desvios em contratos de kits de robóticas custeados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Arthur Lira Filho, de 23 anos, e Maria Cavalcante, de 25, são sócios da Omnia 360, empresa que negocia com agências de publicidade contratadas pelo governo a distribuição de campanhas para veículos de mídia.

A empresa, aberta em 2021, recebe uma parcela do pagamento feito pelas agências contratadas pela pasta. O valor é discutido entre a Omnia e o veículo representado. Lira e Maria têm uma terceira sócia, a publicitária Ana Magalhães.

Os clientes da Omnia receberam R$ 3,09 milhões por campanhas publicitárias da Saúde em 2021 e mais R$ 3,24 milhões no ano seguinte. Os mesmos veículos ganharam R$ 235 mil em 2023, segundo valores divulgados pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o ministério, os pagamentos foram feitos a duas empresas representadas pela Omnia: a OPL Digital recebeu cerca de R$ 3,8 milhões, enquanto a RZK Digital ganhou R$ 2,74 milhões.

O filho do presidente da Câmara esteve presente em ao menos quatro reuniões para apresentar clientes ao setor de comunicação do Ministério da Saúde. Três das agendas foram realizadas em 2021, a última ocorreu em abril deste ano. Já Maria Cavalcante esteve ao menos oito vezes na Saúde desde 2021.

Em nota, a empresa disse que “é uma representação de veículos de mídia como dezenas que atuam no mercado publicitário em Brasília” e afirmou que nem Lira nem Luciano Cavalcante interferem nos negócios.

Fonte: DCM

Arthur Lira e Luciano Cavalcante. Foto: Reprodução

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