Na última sexta-feira (30), nas vésperas do fim de seu governo, o ex-mandatário, Bolsonaro, seguiu com parte da família para Orlando, na Flórida, após ser aconselhado por seus advogados.
Segundo aliados de Bolsonaro, ele pretende ficar por três meses nos Estados Unidos, mas até o momento, nenhuma informação oficial foi divulgada sobre o regresso ou objetivos do ex-presidente no país.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, chegou a ser cobrado por membros da sigla sobre a condição de Bolsonaro e disse que o pagamento só será feito após o retorno do capitão. O montante acertado com o ex-presidente foi de R$ 39,2 mil mensais, valor equivalente ao teto constitucional do setor público.
No entanto, o retorno da família Bolsonaro ao Brasil, não é garantia de pagamento. O partido também depende de uma canetada do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para que tenha recursos, uma vez que as contas da sigla estão bloqueadas desde que o PL pediu anulação de cerca de 300 mil votos do segundo turno sem apresentar provas de que os mesmos foram fraudados.
Moraes atendeu a um pedido da legenda e liberou verbas para pagar a folha de pagamento do PL de dezembro, porém, o contracheque de Bolsonaro não está contabilizado nesta folha.
Com a viagem, o ex-presidente quebrou um dos protocolos oficiais da posse presidencial: o de passar a faixa da presidência ao sucessor.
Ao se despedir do cargo na sexta, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo pela manhã. Seu retorno é incerto. Até o final de janeiro, afirmou ter “agenda internacional” em publicação do Diário Oficial da União (DOU) de sexta.